Monitoramento dos Recursos Vivos
 
 

Segundo Ano - 2007

O monitoramento dos recursos vivos no período de verão não pôde ser realizado. A seguir será apresentada a proposta para o monitoramento de recursos vivos que foi elaborada a partir de análises e discussões durante a visita dos especialistas japoneses.

 

Monitoramento da fixação de sementes de ostras em ambiente natural nas localidades de Puruquara, Medeiros e Europinha

Objetivo

Avaliar a quantidade e freqüência de fixação de sementes de ostras como estimativa da reprodução de ostras em ambiente natural.

 

METODOLOGIA

Serão colocados dois conjuntos de 10 substratos (bastões) captadores de sementes de ostras em duas parcelas de 8 x 10 m , em cada uma das três localidades.

As duas parcelas deverão estar situadas em manguezais com bancos naturais de ostras e em mangues próximos a locais de cultivo de ostras. Os bastões serão colocados entre as árvores das duas primeiras fileiras do bosque próximo a água.

A distância mínima entre os bancos naturais e os cultivos deverá ser de no mínimo 2 km . Em cada local serão enterrados verticalmente ou inclinados no mangue, ou amarrados ao mangue, 10 bastões de madeira, PVC ou outro material apropriado, devendo permanecer de 50 a 80 cm acima do solo em contato com a coluna d'água. A distância entre os bastões será de 1 metro. Estes bastões deverão ter diâmetro de aproximadamente 4 a 5 cm .

Após 60 dias da colocação inicial dos bastões, um primeiro bastão será retirado de cada local e levado para laboratório. No mesmo local deste bastão será colocado um outro bastão limpo, sem ostras ou outros animais ou incrustações marinhas. Após 60 dias, um segundo bastão será retirado do mangue e realizado os mesmos procedimentos anteriores. Estes trabalhos serão realizados sucessivamente até o décimo bastão. Então o primeiro bastão substituto será novamente analisado .

As ostras retiradas dos bastões serão contadas e medidas com paquímetro quanto às características de altura e comprimento. As ostras maiores que 24 mm , serão também pesadas (peso líquido e peso total) em balança analítica e expressas em gramas com dois algarismos decimais. As ostras serão classificadas por tamanho, menores que 12mm, entre 12 e 24 mm , e maiores que 24 mm .

Serão coletadas também amostras de água para análise das seguintes características: temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e saturação, clorofila- a , fitoplâncton, matéria orgânica nos sedimentos, H2S. As amostragens de fitoplâncton serão sazonais, e todas as outras serão bimensais.

As amostragens de água para análise de clorofila- a serão realizadas em coluna de água com um metro de profundidade, não podendo ser realizadas sobre os manguezais.

 

Atividades
  1. Localizar e selecionar bancos naturais de ostras nas três localidades para colocar os bastões captadores de ostras: 3 viagens, 6 dias, um barco;
  2. Definir os locais, delimitar as parcelas e colocar os bastões: 3 viagens, 3 dias, 30 bastões;
  3. Amostragens de água e sedimentos; retirada e colocação de bastões: 6 viagens/ano;
  4. Análise química da água: OD, Salinidade, pH, temperatura da água (bimensais) realizadas com a utilização de aparelhos. As análises de H2S (sazonais), Matéria orgânica em sedimentos(sazonais) e clorofila- a (bimensais), serão realizadas em laboratório;
  5. Contagem e mensuração das ostras;
  6. Tabulação dos resultados;
  7. Análise e elaboração de relatório;
  8. Elaboração de Manual de Monitoramento do Ambiente Pesqueiro da Baía de Paranaguá.
 


Responsável no Japão: Keiichi Masuda
Centro Tecnológico de Pesca de Hyogo

Responsável no Brasil: Temístocles Santos Vital
IAP/SEMA